terça-feira, 25 de outubro de 2011

Movimento "Occupy Wall Street" II

O movimento "Occupy Wall Street" teve início a partir de uma manifestação de caráter local, mas se disseminou pelo mundo em poucas semanas. Seus membros são pessoas comuns, pais, jovens, avós, mães, enfim, cidadãos preocupados com a atual situação de desemprego e crise econômica que atingiu os Estados Unidos e países europeus como a Espanha, a Inglaterra e a França. Eles têm contado com o apoio de personalidades famosas, como músicos, atores, lideranças políticas e intelectuais, que se manifestaram a favor do movimento. O alvo dos ataques é a elite financeira mundial - os grandes bancos e multinacionais - cuja irresponsabilidade e ganância conduziu as economias mundiais à crise em que se encontram atualmente, gerando efeitos negativos na vida do restante da população.

O fato é que os protestos de ordem rizomática que se espalharam por todo o Oriente Médio produziram ramificações no mundo ocidental, influenciando um movimento que tem como principal bandeira de luta restaurar a democracia. No "Occupy Wall Street", as mobilizações políticas estão sendo organizadas conforme táticas e estratégias utilizadas nos movimentos políticos da chamada "primavera Árabe", com ampla utilização da internet e das redes sociais para organizar as atividades de protesto de forma descentralizada. As decisões do movimento são tomadas em "assembleias populares", onde todos possuem o direito de se manifestar e decidir sobre o futuro do coletivo. Diferente de outras mobilizações políticas, no movimento "Occupy Wall Street" não existe uma estrutura hierárquica de comando centralizado, mas células ativistas que gozam de certa autonomia política.

Maiores informações podem ser encontradas no site:

http://occupywallst.org/

O Movimento no tempo:

13 de julho - O grupo anti-consumista "Adbusters" incentiva as pessoas a irem até Manhattan e permanecerem  lá, 'ocupando' Wall Street.

2 de agosto - Os manifestantes realizam a sua primeira reunião, na estátua de Wall Street, em Manhattan.

1 de outubro - Uma passeata na ponte Brooklyn  para o tráfego na região. A polícia faz 700 prisões e o evento tem alta repercussão na mídia internacional.

14 de outubro - Um coletivo de manifestantes tenta aderir ao movimento e são reprimidos pela polícia.

15 de outubro - O "dia de ação global" acaba em uma ocupação da Times Square por mais de cinco mil pessoas. Mais de 200 mil manifestantes protestam em mais de 900 cidades, localizadas em 82 países.

Outros números do movimento:

Entre 200 a 500 pessoas permanecem no Parque Zuccotti dia e noite. Esse coletivo de pessoas é sustentado por uma rede de apoiadores do mundo inteiro.

Oito mil refeições são preparadas e servidas diariamente, sustentando o movimento nas ruas e parques da cidade.

Só no primeiro mês de protestos, foram mais de mil prisões realizadas pelo departamento de polícia de Nova Iorque.

Algumas propostas e bandeiras de luta do Movimento (tradução livre):

"Nós precisamos de mais transparência nas campanhas políticas e precisamos educar as pessoas sobre uma cultura que coloca as pessoas acima dos lucros" - Sam Mcbee, New Jersey.

"Traga as nossas tropas para casa e use o dinheiro que estamos gastando na guerra para construir industrias  onde os desabrigados possam trabalhar" - Janet Kobren, 68, Oakland.

"Os nossos sistemas político, econômico e ecológico estão sob o controle de um pequeno grupo de pessoas que não atuam em nosso interesse. Nós precisamos criar uma nova forma de democracia participativa, assim todos teremos voz" - Aron Fischer, 31, Brooklyn.

Algumas imagens do Movimento:




          

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